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Estados aprovam distribuição de Cannabis medicinal pelo SUS, diante de indefinição federal



Secretaria de Saúde, existe o fornecimento do óleo de canabidiol para pacientes diagnosticados com epilepsia. No Acre, o governador Gladson Cameli (PP) sancionou a lei referente à Cannabis medicinal no último dia 14 de julho. O estado agora analisa como será a regulação do tema, etapa na qual vão ser estabelecidos diretrizes e critérios que definirão quais produtos serão distribuídos e para qual público eles estarão disponíveis.


De acordo com a advogada Helena Matos, quando a lei estadual, cabe aos governos locais garantir os recursos orçamentários para viabilizar a distribuição e fornecimento dos medicamentos à base de Cannabis no SUS. Matos também destacou que os estados já sofrem impacto orçamentário devido à judicialização. Decisões são tomadas caso a caso por meio de ações, e a compra desses produtos acaba sendo mais cara para os cofres públicos.


A advogada afirma que o movimento dos estados em aprovar legislações relacionadas à Cannabis medicinal pode impulsionar o andamento de legislações nacionais sobre o tema. Ela defende a aprovação de um marco legal no Congresso . “Em termos de segurança jurídica, previsibilidade orçamentária e maior proteção à dignidade e ao direito à saúde dos pacientes em vulnerabilidade, é salutar que o Congresso caminhe para um arcabouço normativo”, afirmou Matos.


No Congresso, já existem projetos em tramitação que buscam garantir o acesso a medicamentos à base de Cannabis para uso medicinal no SUS. Há também projetos que regulamentam o setor. Além disso, a Conitec deve tratar do assunto, segundo disse à Folha a ministra da Saúde, Nísia Trindade. É papel da comissão assessorar o Ministério da Saúde na avaliação e inclusão de novos medicamentose procedimentos no rol do SUS.


Para ela, se houver evidências científicas que corroborem a eficácia e segurança desses medicamentos, a recomendação será feita para a utilização naquilo que for adequado. “É no âmbito desta comissão que nós vamos tratar porque uma decisão como essa não pode ser uma decisão político-administrativo, ela tem que ser uma decisão com base nessa avaliação científica. Se houver evidência científica e se houver uma visão que é uma política adequada para o SUS poderá ocorrer a incorporação, são os dois parâmetros”, disse.


“Porque às vezes pode ser uma terapia excelente mas inviável do ponto de vista econômico, então isso leva a outras discussões no caso da Cannabis, que são medicamentos caríssimos hoje. Se a gente disser que isso é bom que tenha no SUS, tem que ter uma política para isso”, acrescentou. Para a presidente da BRCann, é mais fácil a aprovação acontecer via Congresso do que através da Conitec.


Atualmente, a Anvisa já autorizou a comercialização de 25 produtos à base de Cannabis em farmácias brasileiras. Entretanto, apenas um produto é registrado como medicamento, o Mevatyl. Ou seja, ele é o único que já passou pela avaliação da Conitec, que recomendou seu uso em auxílio a terapias de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave devido à esclerose múltipla que não responderam adequadamente a tratamentos anteriores.


Entretanto, a Conitec não recomendou a sua incorporação no SUS na gestão passada. “Os estudos apresentaram médio a alto risco de viés, o que tornou a evidência de baixa qualidade”, diz trecho da recomendação. (RAQUEL LOPES/Folhapress)


SITUAÇÃO DE ESTADOS E DF EM RELAÇÃO AOS PROJETOS DE LEI

APROVADO

  • Acre

  • Alagoas

  • Amapá

  • Distrito Federal

  • Goiás

  • Mato Grosso

  • Paraná

  • Piauí

  • Rio Grande do Norte

  • Rondônia

  • Roraima

  • São Paulo

  • Tocantins

EM TRAMITAÇÃO

  • Amazonas

  • Bahia

  • Espírito Santo

  • Maranhão

  • Mato Grosso do Sul

  • Minas Gerais

  • Pará

  • Rio de Janeiro

  • Rio Grande do Sul

  • Santa Catarina

  • Sergipe

NÃO HÁ

  • Ceará

  • Paraíba

  • Pernambuco


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